A Inditex, a maior retalhista mundial de vestuário, registou um aumento de 12% no lucro de 2011 graças à expansão mundial, nomeadamente na Ásia. O lucro para o ano ficou nos 1,93 mil milhões de euros, indicou a empresa, após ter aberto as primeiras lojas na Austrália, alargando a sua presença na high street aos cinco continentes. O número foi ligeiramente mais alto do que as expetativas do mercado, com os analistas consultados pelo Dow Jones a anteciparem um lucro de 1,92 mil milhões de euros. As vendas totais do ano fiscal, que decorreu de fevereiro de 2011 a janeiro de 2012, aumentaram 10%, para 13,79 mil milhões de euros. O Ebidta (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) também aumentou 10%, para cerca de 3,25 mil milhões de euros. Das 483 novas lojas abertas em 2011, 132 foram na China, 30 das quais sob a marca Zara. Lançou ainda os conceitos Oysho e Zara Home na China no ano passado, com 17 e cinco lojas, respetivamente. A empresa conta agora com 5.527 lojas em 82 países, divididas entre marcas como Zara, Pull and Bear, Bershka, Oysho e Massimo Dutti. Durante o ano, a empresa abriu as suas primeiras lojas todas sob a marca Zara na Austrália, Taiwan, Azerbaijão, África do Sul e Peru. Também se expandiu no Japão, na Coreia do Sul e na Índia. «Após o seu lançamento no mercado australiano, a Inditex cimentou ainda mais o seu papel como retalhista de moda mundial com lojas em cinco continentes», indicou a empresa em comunicado. Atualmente, a Inditex emprega mais de 109 mil pessoas em todo o mundo. A empresa revelou que pretende manter o ritmo em 2012, abrindo entre 480 e 520 novas lojas em todo o mundo, nomeadamente com as primeiras lojas Massimo Dutti nos EUA e Canadá, assim como uma loja on-line da Zara na China, que foi identificado como um mercado essencial para a expansão. «A Zara irá começar a oferecer a sua moda on-line na China na próxima estação de inverno, alargando o seu negócio de comércio eletrónico a um dos mercados em mais rápido crescimento para os conceitos da Inditex», afirmou. O continente asiático, de resto, registou uma maior importância nos negócios do grupo galego, tendo aumentado a sua quota para 18% em 2011, em comparação com os 15% do ano anterior. A performance mundial da Inditex ajudou aos bons resultados, compensando o agravamento das condições económicas em Espanha, cujo peso no volume de negócios da empresa baixou de 28% em 2010 para 25% em 2011. A dinâmica de vendas continuou já neste ano fiscal, com as vendas de fevereiro a aumentarem 11% em comparação com o mesmo mês de 2011.