De janeiro a abril, as exportações da indústria têxtil e vestuário portuguesa ultrapassaram os 1,55 mil milhões de euros, o equivalente a um crescimento de 11,2% em comparação com igual período de 2013, segundo os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) tratados pela ATP Associação Têxtil e Vestuário de Portugal. Um resultado para o qual contribuiu um aumento de 10,5% das exportações em abril, para 375,9 milhões de euros, em comparação com os 323,9 milhões de euros no mesmo mês de 2013. «Este é o melhor resultado desde 2004, ano que caracterizou o fim do Acordo Multifibras e o início da liberalização mundial do comércio têxtil e vestuário», revela Paulo Vaz, diretor-geral da ATP, em comunicado. Em termos de produto, o grande destaque vai para o aumento das vendas ao exterior de vestuário (+13% no conjunto), tanto em malha (+10,9%, para 625,9 milhões de euros) como em tecido (+17,9%, para cerca de 306,7 milhões de euros). A exportação de têxteis também cresceu (+9,6%), com destaque para os filamentos sintéticos ou artificiais (+51,7%, para 31,2 milhões de euros), outras fibras têxteis vegetais (+20,6%, para 1,57 milhões de euros), tecidos especiais e tufados (+10%, para 29,5 milhões de euros) e tecidos de malha (+5,6%, para 45,4 milhões de euros). Os têxteis-lar portugueses também continuaram a ser muito requisitados além-fronteiras, com um aumento das vendas de 6,2%, para 203,8 milhões de euros. Em termos de clientes, Espanha (quota de 31,3%), França (14,4%), Reino Unido (8,7%), Alemanha (8,4%) e Itália (4,6%) mantiveram-se como os principais mercados das exportações nacionais, sendo que «os destinos que assinalaram maiores crescimentos absolutos foram a Espanha, a França, o Reino Unido, Angola e EUA», destaca Paulo Vaz. As importações de têxteis e vestuário também cresceram (+9,2%), para 1,14 mil milhões de euros, «dos quais 46% correspondem a matérias-primas e 54% a produtos acabados», aponta o diretor-geral da ATP. Tecidos impregnados (+29,2%, para 40,7 milhões de euros), tecidos de malha (+20%, para 31,8 milhões de euros), têxteis-lar e/ou outros artigos confecionados (+19,5%, para 61,1 milhões de euros) e vestuário e acessórios de malha (+10,1%, para 263 milhões de euros) foram algumas das categorias que registaram maior crescimento de importações. O top cinco dos países fornecedores neste período é constituído por Espanha (34,7% de todas as importações), Itália (12,7%), Alemanha (8,2%), França (7,4%) e China (6,1%). A balança comercial do sector continua no verde, com um saldo positivo de 413 milhões de euros.