«Tínhamos já trabalhado noutras empresas» conta Miguel Barros, diretor financeiro grupo. «Depois foi um grupo de amigos que se juntou e decidiu “Vamos continuar com a ideia!”».
A concretização desta ideia deu-se há um ano e meio, em São João da Madeira, com a criação de duas marcas distintas de casacos – a Loco Luxo, especializada nomeadamente em têxteis sintéticos, e a Kult, dedicada às peles e pelos naturais.
Pautando por uma coleção «bastante diferente do que é habitual», como descreve Miguel Barros, a empresa aposta na etiqueta “made in Portugal” para a produção da Kult com recurso a uma equipa de, aproximadamente, 20 pessoas.
«Temos o desenvolvimento de coleções, modelistas, temos também a parte de produção com costureiras e a parte de corte» explica ao Portugal Têxtil.
A Loco Luxo, que representa 80% do volume de negócios, dedica-se muito ao mercado externo, sendo que também vende «bastante para o mercado nacional, para retalho, e também para algumas marcas próprias, por exemplo, Mike Davis e Mundo dos Fatos», revela o diretor financeiro.
A produção dos casacos à base de têxteis sintéticos é realizada na China, «é impossível produzirmos cá porque não compensa e não conseguimos enfrentar a concorrência», admite Miguel Barros, defendendo a estratégia adotada pela empresa para competir no mercado global.
O ano parece ter corrido bem para o grupo de amigos e para a Redf Companhia de Moda, que aponta para um «crescimento de quase 100%» em relação ao ano anterior, adianta o diretor financeiro, prevendo fechar as contas com um volume de faturação superior a «1 milhão de euros», mas sempre com o objetivo de «crescer de forma sustentada».
Atraída pelo mercado do Leste da Europa, a empresa confessa a vontade de participar em feiras internacionais com particular foco na Alemanha, Polónia e República Checa.
Com uma produção entre os 15 a 20 mil casacos por ano, as duas marcas conquistaram o mercado ibérico e procuram agora expandir-se para além-fronteiras onde já acusam alguma presença em França, Itália e também Alemanha.
«Neste momento, queremos consolidar mais as marcas, tanto no mercado nacional como no mercado espanhol, onde já temos uma presença forte, e depois aumentar para outros mercados», adianta Miguel Barros ao Portugal Têxtil.