Em 2017, a Prodsmart, startup portuguesa que transforma linhas de produção em fábricas digitais através de um sistema de informação que permite obter, em tempo real, dados sobre o desempenho dessas linhas, anunciou a criação do Dia Nacional da Manufatura. A data tem como objetivo abrir as portas da indústria portuguesa à comunidade para que todos possam perceber como esta funciona.
Gonçalo Fortes, CEO da Prodsmart, considera que «a indústria têxtil portuguesa é um motor da economia que poucos reconhecem. Fazem muito e fazem-no muito bem, muitas vezes no anonimato ou de forma discreta, e nós queremos ajudar a dar voz aos seus sucessos, mas também às suas preocupações».
A Marjomotex, empresa de base familiar com 40 anos de atividade que recentemente recebeu a certificação Global Organic Textile Standard (GOTS), reforçando os pilares da sua política de sustentabilidade para suportar a conquista de novos mercados (ver Marjomotex mais verde), já aceitou o desafio.
«A Marjomotex junta-se ao Dia Nacional da Manufatura por considerar que são estas iniciativas relevantes que podem dar notoriedade à indústria em geral e ao sector têxtil em particular, e ajudar-nos a encontrar recursos humanos orientados para as necessidades que temos atualmente», explica Mónica Afonso, diretora-geral da Marjomotex.
O Dia Nacional da Manufatura conta com o apoio da Secretaria de Estado da Indústria e inclui já mais de uma dezena de empresas e organismos que irão promover eventos e aproxima-se da comunidade.
Enquanto se espera pelo mês de outubro, a Prodsmart está a ajudar a alavancar outra importante iniciativa para dinamizar a indústria (ver Prodsmart alavanca produtividade e emprego).
Como resposta às estimativas do sector, que apontam para a necessidade de 28 mil trabalhadores, foi recentemente lançada uma Bolsa de Emprego para reunir as oportunidades existentes na indústria e ajudar as empresas a recrutar.
A bolsa arrancou com 40 vagas de mais de 10 empresas de Norte a Sul do país, para funções de soldadura, serralharia, costura, entre outras. Grande parte das vagas destina-se a funções a tempo inteiro e qualquer empresa do sector pode adicionar as suas vagas no website.
«A indústria portuguesa precisa de se modernizar, tanto para fazer face à procura existente como para se tornar atraente para os jovens. Todos os dias ajudamos pequenas e médias empresas a largarem de vez os blocos de papel e o Excel e quisemos ajudá-los também a digitalizar os seus processos de recrutamento», afirma Gonçalo Fortes.