As máscaras estão a ser produzidas pela Bless Internacional, no caso das descartáveis, enquanto as reutilizáveis têm o know-how da Lopes & Carvalho. Mas a plataforma tem «muito boas perspetivas de aumentar a oferta com mais máscaras comunitárias confecionadas por mais parceiros», revela o CEO, Reinaldo Moreira, ao Portugal Têxtil.
Além de fazer a ligação ao cliente final, a Springkode está, nestes produtos, a trabalhar em regime pro bono. «A Springkode está a comercializar as máscaras ao cliente final ao preço a que as fábricas estão fornecer», explica, sendo que o valor que o consumidor terá de pagar apenas soma adicionalmente os portes de envio.
O destaque para este tipo de produto vem no seguimento das indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, mais recentemente, da Direção-Geral de Saúde em Portugal, para proteção individual sem esgotar os equipamentos destinados aos profissionais de saúde.
«O uso de máscaras não-hospitalares como as que a Springkode está a vender é mais uma forma preventiva de cada um nós se proteger, para além dos cuidados de higiene
reforçados que a OMS recomenda. Utilizando uma máscara não-hospitalar evitaremos
muitos contactos com o nariz e boca e teremos uma barreira adicional entre nós e o meio ambiente», destaca Reinaldo Moreira.
Neste momento, a procura sente-se mais no mercado nacional, embora, afirma o CEO, tenham sido já feitas «vendas internacionais», nomeadamente para países da União Europeia e para o Reino Unido.
Novo site em maio
Fundada em 2018 com o conceito de oferecer vestuário de qualidade a partir de uma rede de fábricas têxteis parceiras, numa espécie de agregador virtual de várias “lojas de fábrica”, a Springkode, que foi convidada pela Google no início do ano para o lançamento do Growth Lab, tem vindo a crescer e a ganhar notoriedade, contando com um tráfego de mil visitas diárias ao site.
A plataforma não passou, contudo, incólume à pandemia. «Tivemos um abrandamento em março e no início do mês de abril, que acredito ter sido comum a muitos outros negócios no sector da moda, quer online, quer offline. Neste momento notamos alguma recuperação e uma forte apetência pelo tipo de produto que estamos a oferecer», adianta o CEO da Springkode.
Apesar das restrições, nomeadamente às reuniões presenciais, o negócio tem mantido um contacto constante com os parceiros industriais, que ascendem já a 14 fábricas. «Temos trabalhado no sentido de difundir, junto dos parceiros, informação que consideramos pertinente para o seu negócio e, consequentemente, para a continuidade da nossa parceria. Com os nossos clientes temos optado por uma postura de sensibilização e de tranquilidade, mantendo-nos fiéis aos nossos princípios de transparência e responsabilidade», indica Reinaldo Moreira.
A pensar no futuro, a Springkode deverá lançar no próximo mês uma nova versão do seu website «e um rebranding, que acreditamos que irão contribuir positivamente para aliviar a tensão e projetar uma onda positiva na nossa comunidade de parceiros», anuncia o CEO.