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Materiais preferíveis têm nova definição

A Textile Exchange aumentou a exigência do que chama de fibras ou materiais preferíveis, numa tentativa de levar ao desenvolvimento de novos modelos de produção que propiciem benefícios quantificáveis para o ambiente, as pessoas e o clima.

[©Unsplash-Sze Yin]

A associação sem fins lucrativos explica no documento “Preferred Fibers and Materials: Definitions” que começou a usar o termo “preferíveis” em 2010 «para categorizar as fibras e materiais que incluíam melhorias ambientais e/ou sociais em comparação com as opções convencionais ou habituais», com o objetivo de «ajudar a responder à crescente ambiguidade em relação ao que constitui um material sustentável ou responsável».

No entanto, indica a Textile Exchange, face à necessidade de reduzir em 45% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030, é essencial apertar os critérios dos materiais e fibras preferíveis, de forma a que respondam a esse objetivo.

A nova definição para materiais preferíveis é agora «uma fibra ou matéria-prima que consistentemente tem impactos reduzidos e cada vez mais benefícios para o clima, a natureza e as pessoas em comparação com os equivalentes convencionais, através de uma abordagem holística à transformação dos sistemas produtivos».

[©Unsplash-Dmitrij Paskevic]
Segundo a associação, «queremos levar a indústria para práticas de produção resilientes, regenerativas e circulares, criando um sistema recíproco que funcione com a natureza, não contra ela. Ao fazê-lo, esperamos assegurar um futuro sustentável para todos os stakeholders ao longo das cadeias de aprovisionamento mundiais, dos agricultores aos produtores e marcas».

Entre outros critérios, os materiais e fibras preferíveis deverão ter emissões de gases com efeitos de estufa mais baixos verificáveis, que não sejam conseguidos à custa de pessoas ou da natureza, serem reciclados ou derivados de fontes renováveis, no caso de serem provenientes de animais, terão de demonstrar o tratamento responsável e o bem-estar dos mesmos, e serem produzidos em respeito pelos direitos humanos e laborais, enumera a Textile Exchange.

«Esta definição vai continuar a evoluir em linha com a melhor ciência e modelação climática», adianta a associação, acrescentando ainda que «à medida que a desenvolvemos, um processo que irá incluir um forte envolvimento dos stakeholders, [a definição] vai ser aplicada também a outras ferramentas desenvolvidas e lideradas pela Textile Exchange para a indústria, como a Preferred Fiber and Materials Matrix, o 2025 Sustainable Cotton Challenge e o 2025 Recycled Polyester Challenge».