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Moda Europeia invade EUA – Parte 1

As empresas da fast-fashion estão a seguir a estratégia utilizada pelos grandes nomes da alta-costura europeia para entrar no mercado americano. A entrada destas insígnias passa pelo seu estabelecimento nas grandes cidades e pela capitalização dessa experiência para, numa segunda fase, marcarem presença nas cidades de média dimensão. Actualmente, cada vez mais retalhistas estão a tentar tirar partido do valor do dólar, que reduz substancialmente o valor de investimento inicial, e das condições favorÁveis e competitivas que os proprietÁrios das lojas oferecem para atrair retalhistas do mid-market que competem com cadeias como a Ann Taylor e a Talbots. O gigante sueco, H&M, que jÁ detém 156 lojas em solo americano, cataloga este mercado como o seu “maior mercado de expansão”. Desde o início do presente ano, a marca jÁ abriu 11 novas lojas, onde se inclui a abertura de uma nova loja em Seattle. Para o resto do ano estão previstas 27 novas aberturas. A grande rival da H&M, a galega Zara, a catalã Mango, a alemã Bogner, a japonesa Muji e a britânica Topshop reconhecem também o enorme potencial por explorar que o mercado americano representa. A abertura de lojas nos Estados Unidos e a expansão destas marcas de moda naquele território estÁ longe de ser um desafio fÁcil. Não existem até ao momento indicadores que apontem para a recuperação do clima económico ou das vendas de vestuÁrio. Para além disso, o mercado de artigos de moda tem sido neste país pautado por baixíssimas taxas de crescimento levando a que os retalhistas tenham que lutar de forma muitas vezes agressiva pela manutenção ou aumento da sua quota de mercado. Apesar destes aspectos estruturais e conjunturais negativos o mercado americano continua a ser o maior mercado de consumo do mundo. Não estar lÁ, mesmo com bastantes adversidades, é um erro estratégico para as marcas que se querem afirmar como líderes globais.