Depois de ter entrado em insolvência no passado mês de junho, a Victoria’s Secret do Reino Unido vai estabelecer uma sociedade com a Next Plc, que adquiriu uma quota de 51%, enquanto a marca de lingerie feminina contará com os restantes 49%.
O acordo recentemente firmado vai abranger todas as lojas Victoria’s Secret do Reino Unido e na Irlanda e está sujeito a um acerto das condições com os proprietários, avança o just-style.com. Na altura da insolvência, a Victoria’s operavas 25 lojas no Reino Unido, maioritariamente nos principais centros comerciais. Já o negócio online no Reino Unido, operado atualmente pela Victoria’s Secret dos EUA, será integrado na primavera de 2021.
A retalhista do Reino Unido, focada no segmento público feminino, faz parte do grupo global Victoria’s Secret, detido pela L Brands, também proprietária das marcas Pink e Bath & Body Works.
«Estamos satisfeitos por dar este próximo passo no nosso plano de melhoria de lucro para a Victoria’s Secret. As capacidades e a experiência da Next no mercado do Reino Unido são substanciais e nossa parceria vai proporcionar oportunidades de crescimento significativas para o negócio», afirma Martin Waters, CEO da L Brands International.
«Esta é uma forma ideal de garantir o futuro de mais de 500 funcionários no Reino Unido», explica Rob Harding, administrador da Deloitte.
A Next é a retalhista online de vestuário número um no Reino Unido e possui ainda mais de 500 lojas no Reino Unido a vender a marca Next e mais de 700 marcas nos segmentos de moda, casa e beleza.
O negócio conjunto surge dois meses depois da L Brands ter revelado planos para diminuir a força de trabalho em 15%, o equivalente a cerca de 850 trabalhadores como um método para atingir os 400 milhões de dólares em reduções de custos anuais.
Em maio, o grupo chegou mesmo a anunciar o encerramento de 250 lojas Victoria’s Secret nos EUA e no Canadá, previsto para 2020, como parte de uma estratégia para manter o negócio.
A L Brands viu as vendas líquidas totais da empresa sofrerem um declínio de 37% para 1,65 mil milhões de dólares no primeiro trimestre terminado a 2 de maio, enquanto registava um prejuízo líquido de 296,9 milhões de dólares em comparação com o lucro líquido de 40,3 milhões obtido no ano passado.
A Next Plc assumiu estar mais bem posicionada dos que os seus concorrentes para lidar com o impacto provocado pela pandemia devido à variedade de oferta de produtos e à sólida plataforma online. Em julho, a retalhista fez uma previsão de encerrar o ano com lucro depois de ter evidenciado uma retoma nas vendas após o confinamento.