A Next, a segunda maior retalhista de vestuário, cumpriu as previsões de vendas trimestrais, com a fraca performance das suas lojas a ser compensada pelo forte desempenho da sua unidade de negócios de vendas à distância Directory. A retalhista revelou que as vendas totais subiram 1,4% nas 13 semanas até 28 de abril o equivalente ao seu primeiro trimestre , dentro das previsões da Reuters que apontavam para um crescimento entre 0% e 2%. As vendas a retalho caíram 3,9%, em comparação com as previsões de quebra até 5%, enquanto as vendas no negócio de catálogo e on-line Directory aumentaram 11,8% em comparação com uma previsão de crescimento de 10% a 15%. As lojas Next mantiveram-se em alta apesar das comparações difíceis em relação ao primeiro trimestre do ano passado, que foi impulsionado por uma Páscoa excecionalmente quente e pelo Casamento Real. As comparações com o segundo trimestre serão menos exigentes. «Houve pouca mudança no custo dos nossos produtos, margens brutas ou preços de venda no primeiro trimestre e esperamos que isso se mantenha no segundo trimestre», revelou a retalhista. A Next mantém, por isso, as previsões anunciadas em março e indicou que o lucro do primeiro semestre deve superar o do ano passado. Antecipa, assim, que as vendas totais cresçam 1% a 4% no primeiro semestre, com as vendas a retalho a manterem-se estagnadas ou com uma descida até 3%, e com as vendas no Directory a subir entre 9% e 12%. Também espera que as vendas em 2011/2012 aumentem de 1% a 4% e que o lucro bruto se fixe entre os 560 e os 610 milhões de libras (698 e 761 milhões de euros). A retalhista referiu ainda que os dividendos por ação deverão aumentar 6%, em comparação com a anterior previsão de 5%. Muitos retalhistas estão atualmente a enfrentar dificuldades com os consumidores a terem de lidar com preços mais altos, salários congelados e medidas de austeridade do governo, e preocupados com a segurança do emprego, um mercado imobiliário estagnado e a crise da Zona Euro. A Next tem conseguido ultrapassar as dificuldades, ajudada pela sua forte oferta on-line e pela abertura de novas lojas. No último ano, as suas ações aumentaram em quase um terço o seu valor, embora tenham caído no mês passado, após o seu diretor-executivo Simon Wolfson ter vendido 3,8 milhões de libras em ações. Simon Chinn, consultor principal na analista Conlumino, considera que «embora o mês passado possa ter sido fraco e tenha afundado ainda mais as vendas da sua coleção primavera-verão, a previsão para o próximo trimestre parece mais encorajadora com o Jubileu e os eventos desportivos de verão que deverão dar algum impulso às suas gamas sazonais. Como a Next é uma das patrocinadoras dos Jogos Olímpicos e está a vender merchandising oficial para os Jogos, estará a contar com esse consumo patriótico para ajudar a aumentar as vendas a retalho no próximo trimestre».
