É difícil imaginar como poderá a Amazon superar os resultados do ano passado (ver Os vencedores e os vencidos do retalho), mas o portal Retail Dive antecipou algumas das estratégias vencedoras da gigante do retalho online para 2017.
Logística
A Amazon gasta milhares de milhões de dólares a cada trimestre com a logística e transporte e estes custos só tenderão a subir à medida que a empresa se expande para entregar tudo, desde papel higiénico a televisões, em dois dias ou menos. Para economizar dinheiro, a Amazon tem procurado aliar-se a empresas como UPS e a FedEx, alugando camiões, aviões e navios. A retalhista online está inclusivamente a testar drones para complementar as suas entregas ao domicílio.
Inteligência artificial
A apresentação do Echo, em 2015, uma coluna bluetooth da Amazon que tem também um assistente virtual incorporado, e a estreia da versão mais pequena e mais barata Echo Dot, em 2016, renovaram a posição da Amazon como divisora de águas na oferta deste tipo de dispositivos.
A tecnologia de inteligência artificial Alexa, a “voz” do Echo e do Echo Dot, é a funcionalidade mais popular. Com a Alexa no comando, os dispositivos podem responder a perguntas, controlar outros dispositivos inteligentes e ajudar a comprar na Amazon. Contudo, a Google está a tentar superar a retalhista com o seu assistente virtual rival, o Google Assistant, e o seu dispositivo de automação, o Google Home.
Retalho físico
A Amazon terminou 2016 com o anúncio da abertura da Amazon Go. O supermercado do futuro, em Seattle, é para já uma pequena mercearia na qual os clientes entram, pegam nas suas compras, pagam através de transações eletrónicas e saem sem filas nas caixas de pagamento, mas antecipa grandes mudanças em 2017.
A Amazon está também a apostar em livrarias, como resposta à Barnes & Noble. A retalhista explora os dados alojados na sua plataforma de comércio eletrónico, incluindo avaliações de clientes e vendas, para decidir quais os livros que deve vender nas suas lojas. Além dos livros, a livraria da Amazon permite que os clientes experimentem e comprem dispositivos como o Kindle.
Conteúdos originais
A Amazon tem vindo a adquirir filmes, programas de TV e documentários nos últimos meses, competindo com rivais como a Netflix e a Apple, que estão também a desenvolver conteúdos originais.
A maior parte do conteúdo original da Amazon é transmitida para os membros Amazon Prime, bem como para os membros do recém-lançado serviço de subscrição, com um preço de 8,99 dólares (aproximadamente 8,53 euros) por mês. Sobre esta investida, no final de 2016, o diretor financeiro da Amazon, Brian Olsavsky, anunciou que a Amazon planeava triplicar a quantidade de conteúdo original ao longo deste ano.
Índia
A Amazon continua a apostar na Índia, onde anunciou um investimento na ordem dos 3 mil milhões de dólares para expandir os seus serviços. Se assim for, o investimento total na região poderá chegar aos 5 mil milhões de dólares. Em 2016, a Amazon lançou o seu serviço Prime na Índia, na esperança de repetir o sucesso experimentado nos EUA e noutras regiões geográficas.