Desenhadas e produzidas em Portugal, desde a sua criação, há 15 anos, as coleções da Kalisson e da Bagoraz tiveram sempre como destino os mercados internacionais, onde marcam presença em 28 países. Contudo, nos últimos tempos a Givec, que detém as duas marcas, sentiu uma nova tendência. «Na Momad em Madrid tivemos muitos clientes portugueses que nos compram e que vendem bem o produto. Isso levou-nos a criar uma rede de vendedores e a começar, de há dois anos para cá, a implantar as marcas também em Portugal», explicou o presidente do conselho de administração, Cândido Correia, ao Jornal Têxtil 198 (setembro 2015).
«Foi um mercado que nunca desenvolvemos porque estávamos empenhados em ir para fora. Portugal é pequeno, não é um país com um consumo muito grande, mas temos registado uma boa recetividade e aos poucos vamos tentando fazer todo o país. Vamos procurar chegar a todas as cidades de Portuga dentro de um a dois anos», acrescentou.
Para já, França, Espanha, Alemanha, Bélgica e Suíça constituem os principais mercados da Kalisson e da Bagoraz – a primeira pensada para uma mulher ativa e casual, enquanto a segunda destinada às mulheres com mais formas. As marcas estão ainda a dar os primeiros passos em países como Inglaterra, EUA e Canadá. «O mercado inglês é onde estamos a apostar mais», referiu Cândido Correia, que pondera ainda, no futuro, explorar novas latitudes. «Embora tenhamos já alguns clientes em alguns países, gostávamos de apostar na América Latina: Colômbia, México, Chile…», enumerou.
Atualmente a Givec emprega 50 pessoas no design, logística, produção de amostras e área comercial, com a confeção a ser feita com recurso à subcontratação, concentrada na região de Barcelos. «Tudo é desenvolvido a nível interno e tudo é feito por portugueses. Portugal é um país de pessoas com talento e que sabem trabalhar bem», destacou. «A mais-valia é sobretudo a confiança que damos aos nossos clientes a nível de prazos de entrega e sobretudo de qualidade, para manter o prestígio do nosso produto e das nossas marcas», revelou o presidente da Givec, que em 2014 faturou cerca de 20 milhões de euros, um valor que se deverá manter em 2015.
«2013, 2014 e mesmo 2015 são anos em que estamos a ficar estáveis, devido à falta de consumo que tem havido e ao facto de certos sectores não estarem a funcionar bem. Mas estamos a implantar clientes novos, mercados novos e as perspetivas que temos são boas», garantiu, ao Jornal Têxtil, o presidente da Givec.