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P&R por terra e mar

Já com os Jogos Olímpicos de 2020 no horizonte, a produtora de vestuário para desporto antecipa um ano de 2018 positivo, tanto no private label como para as marcas próprias Onda Wetsuits e Flynx.

A Flynx, a mais recente adição no portefólio de marcas, foi lançada em 2017, ano em que a P&R Têxteis celebrou 35 anos de atividade, e vem substituir a Onda Bike, com a designação Onda a ficar exclusivamente para os artigos dedicados ao mar.

«A Flynx é a marca que patrocina a Federação Portuguesa de Ciclismo, a Federação Portuguesa de Triatlo e a Rádio Popular Boavista. É uma marca que se dedica exclusivamente a fazer personalizados de ciclismo e triatlo, aquilo que vulgarmente se designa de teamwear», explica Hélder Rosendo, diretor-geral da P&R Têxteis. «A Onda antes estava em todo o lado – mantivemos a Onda onde interessa, no mar, e criámos esta marca nova para o ciclismo», acrescenta.

Tendo herdado alguns dos clientes da Onda Bike, nomeadamente em França e Inglaterra, «a estratégia passa agora por crescer no mercado nacional – vendíamos essencialmente para fora –, manter os dois mercados externos e entrar no centro da Europa, nomeadamente Suíça, Áustria e também Benelux, porque são países que têm alguma cultura ciclista», aponta o diretor-geral.

A empresa, que emprega cerca de 200 pessoas, assume a sua vocação «100% desporto», com o foco atual dividido entre «o ciclismo, o rugby, o triatlo e os desportos de inverno, por causa dos Jogos Olímpicos de Inverno, que estão agora a decorrer», revela Hélder Rosendo ao Jornal Têxtil.

Mas a P&R Têxteis está já focada nos Jogos Olímpicos de 2020, que terão lugar em Tóquio. «Vai ser um ano de muito trabalho em termos de desenvolvimento e de reuniões. 2020 está já ali ao virar da esquina, acredito que muitos dos trabalhos de desenvolvimento e de brainstorming arranquem ainda este ano. Vai ser, desse ponto de vista, um ano importante», sublinha o diretor-geral.

Os próximos 12 meses serão ainda de impulso para a Onda Wetsuits. «Queremos dar um salto grande em termos do volume de negócios e da entrada no mercado norte-americano – temos expectativas elevadas em relação a isso», afirma Helder Rosendo, que destaca a parceria com a Praia do Norte na Nazaré, onde a marca testa os produtos, e o investimento na participação na feira americana Surf Expo.

O certame de eleição da especialista em vestuário desportivo é, contudo, a Ispo Munich, onde a sua capacidade industrial – que contempla corte, gestão de acessórios, sublimação (que inclui estamparia digital) e confeção com técnicas convencional e não-convencional – se destaca. «Cobrimos praticamente os desportos todos e isso dá-nos uma vantagem muito grande, porque há sempre alguma transvase de tecnologias e conhecimentos entre modalidades», destaca Hélder Rosendo.

Para melhorar a capacidade de resposta, a P&R Têxteis, que em 2017 registou um volume de negócios acimas dos 13 milhões de euros, renovou as instalações e reformulou o layout. «A P&R era uma empresa supertecnológica, conotada com uma área técnica como é o desporto e as instalações não acompanharam esse desenvolvimento. A administração entendeu que era o momento certo para esse investimento, isso foi feito praticamente durante todo o ano e, neste momento, continuamos no mesmo local, mas temos agora uma imagem mais adequada com o tipo de produto que fazemos», conclui o diretor-geral.