A Quebramar, empresa nacional de vestuário, vai inaugurar a sua segunda loja em Madrid no próximo dia 2 de Outubro. O projecto representa um investimento de cerca de 1 milhão de euros, entre espaço e plano de promoção, enquadrando-se no processo de internacionalização da empresa. A nova loja vai estar localizada nas galerias ABC Serrano, no centro da capital espanhola, cidade onde a marca nacional já possui uma loja localizada no Centro Comercial Xanadú (onde podemos ainda encontrar as portuguesas Salsa e Biju). Gonçalo Esteves, administrador-delegado e sócio da Terra Mítica, empresa que detém a Quebramar, aponta que a «a loja da Serrano, pela sua localização, que dá para duas das principais ruas de Madrid, significa, para nós, o marco do processo de internacionalização». Segundo este responsável, a estratégia é ter cinco lojas nesta cidade até 2004, e abrir mais seis no ano seguinte, chegando a um total de 11 espaços comerciais no final de 2005. Tendo iniciado o seu processo de expansão no retalho em 1999, com a abertura de três lojas em Portugal, a Quebramar conta já 20 lojas no nosso país, planeando a abertura de mais duas em Outubro, localizadas em Santarém e Ponta Delgada. Conforme explicou Gonçalo Esteves, «Ou crescíamos através de outros segmentos, como lar e criança, ou entrávamos no mercado natural que é a Espanha». A empresa, que no ano passado facturou 14 milhões de euros, mais 8 milhões do que no ano anterior, pensou então em duas tácticas: entrar junto à fronteira e ir abrindo lojas até Madrid, ou entrar directamente no centro do consumo espanhol. «Em Espanha há poucas marcas, que são dominantes, ao contrário de Portugal, onde há muitas marcas. É um mercado difícil, pelo que optámos por dar a conhecer a marca através da capital», refere este gestor. No mercado espanhol, onde a Quebramar se irá posicionar com preços acima dos praticados em Portugal, Gonçalo Esteves quer ter os madrilenos como embaixadores da marca» já que muitos deles viajam para outras zonas do país aos fins-de-semana. Para este ano, é esperada uma facturação da ordem dos 20 milhões de euros. A empresa defende que «só interessam espaços com uma factruração da ordem do um milhão de euros ano», e que depois de Madrid será a vez de Barcelona, onde planeiam abrir duas lojas. Após a entrada no mercado catalão, será a vez das outras capitais de distrito. «A operação Espanha terá no máximo 30 lojas sedeadas nas principais localidades, com retorno esperado a partir de 2008», refere Gonçalo Esteves. Ao nível do investimento, este responsável adianta que 40% será através de capitais próprios, e o resto provém do recurso à banca. Depois de Espanha, será a vez de Itália, em 2006. No entanto, Gonçalo Esteves sublinha que «o objectivo neste país não é o mercado geográfico, mas a tendência para o nosso tipo de artigos. Este é o mercado mais difícil para vender, porque é muito maduro».