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Retalho de moda em baixa na zona Euro

As vendas a retalho de artigos de moda registaram, nos últimos meses, uma performance ainda mais negativa que o restante sector retalhista. Os dados do Eurostat, agência de estatística da União Europeia, apontam para uma queda homóloga de 4,8% das vendas a retalho de artigos têxteis, de vestuário e calçado durante o mês de Setembro. Em Agosto, o índice que analisa as vendas a retalho deste tipo de artigos tinha registado uma variação homóloga negativa de 4,1%, após uma ligeira subida de 0,2% em Julho. Anteriormente, a variação tinha sido também negativa, tendo registado uma queda de 4,5% em Maio e de 1,6% em Junho. Os resultados de Agosto e Setembro para os artigos de moda foram piores que o agregado do sector retalhista, que registou quebras homólogas de 2% e 2,8% respectivamente. Relativamente ao mês de Outubro, a quebra homóloga das vendas do sector retalhista foi de 1,9% na União Europeia. Não existem ainda dados desagregados para os artigos de moda para as vendas a retalho de Outubro. Em termos de variação mensal, o comércio a retalho europeu manteve-se estável em Outubro quando comparado com Setembro, mês que tinha registado uma quebra de 0,5% face a Agosto. Para os artigos de moda, a variação mensal entre Agosto e Setembro apresentou uma variação positiva de 0,5%. A evolução do consumo na Zona Euro é fundamental para a fileira moda portuguesa durante os próximos trimestres. Além de serem historicamente os principais mercados, as vendas para estes países tem vindo suavizar a queda das exportações para o mercado americano. Alguns dos mercados que fazem parte do conjunto de principais clientes da Indústria Têxtil, do Vestuário e Calçado (ITVC) portuguesa, com excepção do mercado espanhol, saíram já de uma situação recessiva. Estes primeiros sinais positivos abrem boas perspectivas para as empresas nacionais. Apesar disso, a recuperação macroeconómica não se repercutiu ainda no consumo privado, que apresenta ainda taxas de crescimento negativas. O mercado espanhol, parceiro principal da ITVC portuguesa continua imerso em problemas, onde se destaca o nível de desemprego, o crescimento negativo e o crescente endividamento público.