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Riopele vai investir na modernização

O presidente da Associação Portuguesa para o Investimento, referiu ao Diário Económico que a API pretende atrair investimento e desmotivar as deslocalizações de empresas nacionais ou estrangeiras. O primeiro projecto da API conhecido até ao momento é o da Riopele, uma empresa portuguesa de Vila Nova de Famalicão, pertença da família Oliveira e que pretende investir 20 milhões de euros na actualização e modernização da actividade industrial, bem como internacionalizar o negócio da distribuição, com cadeias de lojas de vestuário, à semelhança da cadeia que já possui no Brasil.

«É a forma de garantirmos valor acrescentado aos produtos, fios e tecidos, e a fidelização de clientes importantes», explica o administrador José Alexandre Oliveira ao DE. Grandes marcas como Giorgio Armani, Calvin Klein, Prada e Hugo Boss ajudam a compreender o novo plano de investimentos de dois anos, que «já está no terreno, independentemente de eventuais apoios da API».

No que diz respeito à internacionalização, a Riopele, à imagem do negócio que possui no mercado brasileiro, pretende implementar e desenvolver os conceitos Chocolate e Lab (duas cadeias de lojas), em alguns países europeus, onde se inclui Portugal e Estados Unidos. Sem querer adiantar mais detalhes sobre o assunto, José Alexandre Oliveira diz apenas que estão na fase de contactos e todos os cenários são, nesta altura, possíveis. No Brasil, a empresa portuguesa iniciou o negócio da distribuição em finais do ano 2000, estabelecendo uma parceria local, onde detém a maioria do capital social da ‘holding’ Intermarcas.

Entre o Rio de Janeiro e São Paulo, possui 16 lojas de vestuário Chocolate, segmento alto, Mark Store, family store, segmento médio-alto e, recentemente, a Lab para o consumidor jovem. A empresa portuguesa pretende em 2005, com um total de 30 lojas, facturar o mesmo que regista actualmente em Portugal na actividade industrial, ou seja 125 milhões de euros. A Riopele concentra apenas 5 por cento da actividade no mercado interno. Nas quatro unidades fabris, Riopele, Filatex, Olicor e Olifil, a empresa emprega 2.200 trabalhadores, sendo a segunda maior têxtil nacional depois da Têxtil Manuel Gonçalves.