O negócio da Smart Inovation divide-se em três áreas principais – saúde, bem-estar e proteção –, a partir das quais surgem soluções e acabamentos funcionais inovadores que minimizam ou resolvem desafios relacionados com bactérias, odores, alergias e picadas de mosquitos, contribuindo para a prevenção de doenças. Deste portefólio, os acabamentos funcionais Si absorvem a grande parte da procura da carteira de clientes da empresa.
Entre eles, está o acabamento funcional Si bactericida, agora renomeado para Bac-Pure e registado como marca. «É um acabamento funcional sustentável que oferece atividade antimicrobiana, ou seja, proteção contra a contaminação do artigo tratado e neutralização dos odores, muito procurado no segmento do desporto», esclarece Mário Brito, CCO da empresa. A transição para Bac-Pure serve exclusivamente o propósito da comunicação, dado que o produto «apresenta as mesmas características e funcionalidade do ponto de vista tecnológico e da sua performance», reforça. Simplesmente «mudámos o nome para ser mais apelativo para a indústria, nomeadamente dos têxteis técnicos e das marcas de desporto, que são o nosso alvo principal para este antibacteriano», explica ao Portugal Têxtil.
Deste modo, o rebranding para Bac-Pure «transmite imediatamente uma mensagem de pureza, de frescura e de higiene que é precisamente aquilo que pretendemos», argumenta o CCO. A receção por parte dos clientes parece ser positiva, já que a «todos concordam que este nome é muito mais apelativo e fácil de comunicar», acrescenta.
Esta é uma das medidas para a estratégia de desenvolvimento da Smart Inovation, que até ao final de 2020 ambiciona atingir uma taxa de crescimento de 30% a 35%. Fechando o ano passado com um aumento do volume de faturação na ordem dos 15%, a empresa planeia agora «mais investimentos em termos de certificação dos produtos e na correspondência às exigências na classificação biocida, expandir a nossa capacidade produtiva e a nossa estrutura interna», bem como lançar no mercados produtos «que estão ou estiverem em testes durante 2019» e «dar seguimento aos projetos que temos para inovações», sempre atendendo a um reforço da estratégia comercial dos artigos já existentes.
Inovação não conhece limites
O crescimento de 2019 foi sustentado por um aumento do departamento técnico, nomeadamente através da criação de novas áreas de desenvolvimento do produto e de novos testes de materiais, além de uma expansão da equipa, agora com oito elementos.
A Smart Inovation apresenta uma taxa de exportação de 75%, dirigindo-se maioritariamente a Espanha, Finlândia, Moçambique, Itália, Sri Lanka, Índia e China. «Estes mercados estão a evoluir [positivamente], por força da Ásia», destaca Mário Brito. «Sentimos que trabalhamos com marcas de desporto, de artigos outdoor, de saúde, do vestuário, em geral, que recorrem muito aos fornecedores asiáticos, como o Bangladesh, Paquistão, China, Taiwan, Índia», indica.
Apesar da diversidade de mercados de exportação, a empresa não tem limites à sua expansão. «Estamos abertos a todos os mercados. Aquilo que oferecemos não tem limitações geográficas, portanto qualquer marca, qualquer produtor de malha ou de fio pode utilizar os nossos produtos independentemente do país onde está», assegura o CCO.
Esta é, aliás, uma das grandes reivindicações da Smart Inovation, cujo mercado de origem ainda não está adaptado à sua oferta inovadora. «[Portugal] não está preparado para inovação» e «a indústria não percebe o valor de se poder oferecer este tipo de funcionalidades para os artigos», admite Mário Brito. «Trabalhamos muito bem com Portugal, mas sentimos que lá fora é a inovação é valorizada», reconhece.