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Têxteis nacionais devem apostar na deslocalização

Aurélio Silva, presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecções, defende a ideia de que as empresas nacionais de vestuário devem ponderar seriamente a possibilidade de “deslocalizar parte da sua produção, sobretudo dos produtos mais básicos, para o Leste da Europa”. A união deste sector é outro dos factores de sucesso apontado por Aurélio Silva. O também presidente da Maconde entende que aos industriais cabe o papel de promover a criação de associações e acordos inter-empresariais, capazes de desenvolver “marcas próprias e uma moda dinâmica”. Estas alianças estratégicas permitirão “ultrapassar a reduzida dimensão” da indústria nacional, dividida em micro, pequenas e médias empresas. Aurélio Silva foi recentemente eleito presidente da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecções, estrutura que nasce da fusão, por incorporação, da APIV na ANIVEC. Esta nova associação reúne cerca de 600 associados de todo o país e pretende ser representativa do sector do vestuário em Portugal. Ainda segundo o presidente da renovada associação, esta surge na sequência de outras fusões associativas, como por exemplo a APT e a APIM, que vão criar a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, e reflecte a vontade dos industriais do sector se unirem, com o objectivo de fazerem frente à concorrência de países como a China, Tunísia, Marrocos e dos novos membros da União Europeia vindos do Leste deste continente.