A THE Nº55, nova marca portuguesa, nasceu com base na infância da designer, Élia Lé, que habitualmente contava os degraus do palacete da tia-avó, que tinha uma longa escadaria. Através das muitas subidas e descidas das escadas, que davam acesso ao hall e ao salão de visitas onde Élia viu diplomatas e as respetivas mulheres «elegantemente vestidas», surgiu a ideia de um «lugar mágico, sem tempo e sem idade», que resultou projeto com uma designação simples, mas simbólica.
Além de pertencerem a um conceito unissexo e por isso se destinarem a «pessoas livres», os artigos disponibilizados pela THE Nº55 são de edição limitada e completamente feitos à mão para que, desta forma, a marca se consiga distinguir no mercado graças ao fator inovação. «THE Nº55 é um conceito para mulheres e homens movidos por um espírito moderno de inovação e exploração das suas escolhas de moda para construir uma imagem pessoal diferenciadora», explica.
Memórias mágicas
Dado que a THE Nº55 se preocupa com os detalhes, para atribuir um estilo «arrojado» aos artigos que a marca apresenta, a produção é totalmente manual, com a colaboração de profissionais nacionais que se empenham durante várias horas na execução de cada peça.
Promover a mão de obra nacional não foi o único aspeto a ter em conta pela marca, já que a preocupação com o meio ambiente sempre esteve em cima da mesa desde a criação do projeto, colocando de mãos dadas os conceitos de sustentabilidade e ser português. «As matérias primas utilizadas nas peças são maioritariamente adquiridas em Portugal, somente 20% corresponde a compras internacionais, tendo como preferência Itália para aquisição de tecidos muito específicos», revela Élia Lé, destacando ainda que as coleções utilizam 80% de tecidos comprados ao excedente da produção nacional.