Direcionada para todos os profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares de ação médica, fisioterapeutas e agentes de geriatria, a origem da coleção HISI remonta ao início da pandemia, quase há um ano. «Fizemos um pequeno estudo de mercado de moda a perceber se os nossos clientes estariam recetivos a um vestuário profissional que lhes garantisse uma proteção antiviral», indica Bruno Azevedo, responsável de marketing da Unifardas. «Cerca de 85% dos nossos clientes mostraram-se extremamente recetivos a vestuário profissional com tratamento antiviral mesmo que fosse necessário pagar um pouco mais. Devido ao resultado desse inquérito, e também às necessidades de mercado que fomos tomando conhecimento através de partilhas de inúmeros profissionais de saúde relativamente ao vestuário profissional, resolvemos criar uma coleção que garantisse a possibilidade de uma proteção antiviral, que fornecesse um conforto e uma leveza extra, que defendesse a sustentabilidade e fosse ao encontro de um estilo mais sportswear e descontraído», explica ao Portugal Têxtil.
A pesquisa da Unifardas mostrou que os profissionais de saúde sentem que as suas fardas atuais são demasiado pesadas, tornando-as muito quentes e desconfortáveis, e usam tecidos muito rígidos e um design pouco ergonómico, que dificultam os movimentos. «Tendo isto em consideração, reunimos todos os “pain points” evidenciados pelos utilizadores-chave e desenvolvemos produtos que conseguissem ser a solução para estes problemas», refere Bruno Azevedo, criando uma «coleção inspirada e dedicada a todos os profissionais (sejam eles da saúde ou não) que fizeram das tripas coração para ajudar o nosso país a atravessar com sucesso os piores momentos da pandemia SARS-CoV-2».
Sustentável e antivírica
A sustentabilidade é igualmente uma preocupação na coleção, que usa poliéster reciclado feito a partir de plástico recolhido no oceano, poliamida reciclada, liocel e algodão orgânico, assim como botões produzidos a partir de papel reciclado. «Tivemos em conta uma forte componente de sustentabilidade, quer no processo produtivo, quer no produto propriamente dito. O ecodesign, aliar o design à escolha de matérias-primas sustentáveis, é um conceito muito presente da HISI», salienta o responsável de marketing da Unifardas.
O acabamento permite a inibição de vírus «graças à combinação inovadora de tecnologia que utiliza partículas de prata (antimicrobiano), gerando reações antivirais ao atrair o vírus e ligá-los permanentemente aos grupos de enxofre presentes na superfície que envolve o vírus», indica, tendo os testes realizados comprovado a sua eficácia e durabilidade. «Este acabamento é durável e muito resistente à lavagem, mantendo a sua eficiência mesmo após várias lavagens domésticas», garante o responsável de marketing da Unifardas, explicitando que «os tecidos tratados foram testados contra o vírus de acordo com a norma ISO 18184: 2019, um teste padrão para a determinação da atividade antiviral em produtos têxteis após um período de duas horas, sendo necessário uma redução em 99% do vírus para comprovar a eficácia do mesmo. Este produto foi testado segundo a norma 18184:2019 contra um coronavírus – human coronavirus 229E (mesma família do SARS-CoV-2) após 50 lavagens, demonstrando uma eficácia de redução de carga viral de 98,3% duas horas após a contaminação do provete de ensaio».
Crescer em 2021
A coleção, que inicialmente deveria ter sido apresentada na edição física da feira Medica, em novembro de 2020, que se realizou apenas online por razões sanitárias, está a ser mostrada com recurso a ferramentas digitais. «Uma estratégia de inbound marketing muito interligada com inbound sales apoiada por um aconselhamento técnico muito forte será um ponto forte e diferenciador na apresentação desta coleção. Neste momento estamos também a desenvolver um showroom que irá permitir aos nossos clientes ficarem a conhecer todos os nossos produtos e novas coleções sem saírem das suas empresas», desvenda Bruno Azevedo.