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Versace espreita mercado asiático

O futuro da Versace passa pela expansão da marca italiana na Ásia assim como pela recentralização no vestuÁrio masculino, na joalharia e na relojoaria fina. A revelação partiu do CEO da Versace, Giancarlo Di Risio que em declarações à WWD, afirmou que o objectivo da empresa é tornar a Ásia no seu segundo mercado mais importante, logo a seguir à Europa, substituindo assim os EUA. Para uma marca internacional, a América é um mercado importante», afirmou Di Risio. Mas o nosso crescimento é global… A América tem sido o nosso segundo mercado a seguir à Europa. O nosso objectivo em 2008 é pôr a Ásia em segundo lugar». Uma visão estratégica que vai de encontro aos últimos dados, que indicam que o mercado asiÁtico irÁ crescer em todos os segmentos, incluindo no luxo. Na índia, por exemplo, prevê-se que o mercado de artigos de luxo, actualmente ainda numa fase incipiente, cresça 20% nos próximos cinco anos. Talvez por essa razão, a marca vai também lançar a sua colecção de jeans para senhora e acessórios na índia. A VJC (Versace Jeans Couture) e a Gianni Versace (colecção principal de acessórios para homem e senhora) vão estar disponíveis nas lojas premium da Blues Clothing Company em Nova Deli. Abhay Gupta, director executivo da Blues Clothing Company, considera que, de facto, existe poder de compra para estas marcas de designer». A Versace estÁ igualmente a concentrar mais as suas operações, reunindo os seus escritórios num único edifício. A nova sede, um prédio de cinco andares com cerca de 2.000 m², fica apenas a alguns minutos do atelier Versace na Via Gesu. A casa do falecido fundador Gianni Versace continua a albergar showrooms e estúdios de design da Versace. Tudo foi feito dentro de casa», afirmou Di Risio à WWD. Esta foi uma escolha estratégica e reflecte a actual cultura da Versace». A primeira loja Versace abriu em 1978 na Via della Spiga em Milão e a sua popularidade foi imediata. Actualmente, a Versace é uma das casas de moda internacionais líder de mercado, embora não sem tribulações, como acontece com a maior parte das casa italianas geridas familiarmente. Com Donatella Versace como directora criativa, a empresa continua a desenhar, comercializar e distribuir vestuÁrio, acessórios, perfumes, maquilhagem e mobiliÁrio de luxo sob vÁrias marcas do grupo Versace. Após vÁrias épocas a registar prejuízos, em Março do ano passado a empresa anunciou um lucro de 19,1 milhões de euros em 2006. Uma progressão positiva que o grupo pretende manter com a expansão a Oriente.