Os números do comércio externo apresentados pela ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção revelam um aumento de 75 milhões de euros das vendas de vestuário ao estrageiro entre janeiro e abril de 2016, face ao período homólogo do ano anterior.
Dentro da Europa, que pela proximidade continua a ser o principal destino do vestuário “made in Portugal”, Espanha mantém a maior quota de mercado (44%, representando 456,2 milhões de euros), mas Suécia (+8,7%, para 23,9 milhões de euros), Reino Unido (+5,5%, para 100,1 milhões de euros), Itália (+6,9%, para 32,7 milhões de euros) e Países Baixos (+5,4%, para 39,3 milhões de euros) conheceram fortes crescimentos.
Fora do território europeu, os EUA mantiveram-se como o principal cliente do vestuário português, com um aumento de 1,4% das suas compras, que atingiram 24,9 milhões de euros, e representam atualmente 2,4% das exportações do sector do vestuário.
«A indústria de vestuário continua a aumentar as suas exportações, mas também o seu saldo comercial, dando um contributo muito significativo para a balança comercial do país», sublinha César Araújo, presidente da direção da ANIVEC, em comunicado.
No total, nos primeiros quatro meses do ano, as exportações de têxteis e vestuário atingiram 1,69 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística, representando um crescimento de cerca de 4,8% comparativamente a igual período de 2015.
Entre as categorias que evidenciaram maior crescimento das exportações destacam-se a seda (+40,1%), tecidos especiais, tecidos tufados, rendas, tapeçarias, passamanarias e bordados (+16,6%), tapetes e outros revestimentos para pavimentos, de matérias têxteis (+15,5%) e vestuário e seus acessórios de malha (+11,6%), sendo que esta última é a principal categoria de exportação, representando 699,2 milhões de euros.
Em termos geográficos, Espanha foi o principal destino das exportações portuguesas de têxteis e vestuário nos primeiros quatro meses do ano, com uma quota de 34,7%, seguida de França (13,7%), Alemanha (8,7%), Reino Unido (8,7%) e EUA (4,7%).
No que diz respeito às importações, de janeiro a abril de 2016, estas mantiveram-se praticamente estagnadas, à volta dos 1,24 mil milhões de euros.
A balança comercial da indústria têxtil e vestuário manteve-se positiva, com um saldo de cerca de 454 milhões de euros.