No início de 2015, Rita Sevilha redescobriu, numa visita ao sótão da mãe, os teares de madeira que o avô tinha feito para as suas aulas de 5.º e 6.º anos – na altura, para a disciplina de trabalhos manuais.
«Levei-os para casa porque me lembrava de que era uma coisa que adorava fazer», conta ao Portugal Têxtil. O rever das memórias da infância acabaria por se transformar numa marca, a Weaving.
«Trabalho muito por encomenda porque, na verdade, acaba por ser um tipo de peça muito pessoal», esclarece a fundadora.
A gama de produtos tem vindo a crescer, incluindo desde tapeçarias de parede a tábuas tecidas, passando por objetos únicos que acontecem pontualmente, como raquetes de madeira tecidas ou mesas de café.
Há ainda espaço criativo para trabalhar a joalharia têxtil e, neste âmbito, Rita Sevilha está a explorar peças mais funcionais.
Em termos de materiais, a Weaving privilegia o 100% lã, algodão, linho, juta, sisal, ráfia, seda e os tons neutros dominam a paleta, intersetados pelos metalizados.
O público-alvo da Weaving vai do profissionalizado ao cliente que, entre cliques, requer um artigo personalizado.
«Posso fazer uma peça grande para uma unidade hoteleira e depois um apontamento para o quarto de um bebé», revela Rita Sevilha. «Todas as encomendas, da mais pequena à maior, são conquistas», afirma.
Os artigos da Weaving podem ser encontrados na loja online da marca – que neste momento está offline a aguardar por novas peças– e, pontualmente, vão aparecendo noutros pontos de venda. Já as redes sociais são o ponto de encontro por excelência da marca com os seus clientes.
«Há meses que posso ter cinco encomendas e, no outro, cair-me um projeto de 50, por exemplo», explica Rita Sevilha sobre os projetos da Weaving, que está a preparar o lançamento da primeira coleção oficial, a ser desvendada neste outono-inverno.
Para o futuro, os planos passam por fazer da marca um projeto artístico.
«Mais do que uma marca, sempre ambicionei que a Weaving fosse um projeto que não viva só do que eu faço. Quero que tenha uma vertente artística, mas também social e educativa, quero que cresça nesse sentido», confessa a fundadora da Weaving, que tem vindo a organizar workshops de iniciação à tapeçaria.