Louvre, Centro Pompidou, Museu d’Orsay, Picasso, Museu de Arte Moderna e o próprio museu fundado em homenagem a Yves Saint Laurent (YSL) são os locais onde se podem ver as coleções da casa de moda francesa. «A marca já celebrou tantos aniversários (…). Desta vez, queria fazer algo diferente», explica o presidente da Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent, Madison Cox, à Agência France-Presse (AFP).
Já em 1983, vários vestidos de YSL foram exibidos no Metropolitan Museum em Nova Iorque. Era a primeira vez que um criador de moda vivo entrava nas coleções do museu americano.
No entanto, a grande retrospetiva da obra do designer falecido em 2008 foi realizada em Paris, dois anos depois. «Não fazia sentido em 2022 procurar um espaço vazio, montar um cenário como qualquer outro e preenchê-lo com os vestidos. Era importante integrá-los nas coleções permanentes», afirma Madison Cox.
No Centro Pompidou, os curadores da mostra colocaram os vestidos entre as obras de arte contemporâneas. O destaque é o vestido Mondrian, uma das suas criações mais célebres.
«Há diálogos que Saint-Laurent reivindicou explicitamente, mas também nos permitimos algumas semelhanças visuais», como um vestido laranja, com uma saia esvoaçante, no meio de pinturas cinéticas de Sonia Delaunay, revela Marie Sarré, do serviço de coleções modernas do Centro Pompidou.
Já o Museu d’Orsay escolheu no seu Salão do Relógio, em pleno centro da antiga estação de comboio, para apresentar os vestidos que o designer criou para o baile da baronesa de Rothschild.
O Museu da Yves Saint Laurent, por sua vez, optou por apresentar 350 esboços do criador de moda, nos quais é possível apreciar a sua maestria no desenho e na cor. Era um designer «excecional», salienta a diretora do museu, Aurélie Samuel.
Com estas exibições, o presidente da Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent deseja mostrar «de onde surgiam as ideias» de Yves Saint Laurent para suas criações atemporais.
